O descobridor das células foi Robert Hooke, que, observando cuidadosamente um pedaço de cortiça, em 1665, notou uma membrana dura. Robert Hook descreveu a estrutura da cortiça como semelhante a um favo de mel, composta por pequenos compartimentos, que ele batizou de "células". Seu microscópio, no entanto, desenvolvido por ele mesmo, era ainda muito rudimentar para aprofundar a descoberta. Na mesma época, outro microscopista, Nehemias Grew, observou atentamente tecidos vegetais e reconheceu que eram de natureza "esponjosa", isto é, constituído de células como "vesículas". Mais tarde, em 1676, usando outro microscópio, Anthony van Leeuwenhoek, na Holanda, conseguiu observar, pela primeira vez, uma série de células vivas: bactérias, glóbulos vermelhos do sangue, espermatozóides e protozoários.
A teoria celular, porém, só foi formulada em 1839, po Schleiden e Schwann. Através de suas observações, esses dois cientistas concluíram que todo ser vivo é constituído por unidades fundamentais: as células. Assim, desenvolveu-se a citologia (ciencia que estuda as células), importante ramo da Biologia. Em 1858, o patologista Rudolf Vircow enfatizou que a continuidade dos organismos vivos depende das células: "... todas as células provêm de células preexistentes". Assim ficava ampliada e complementada a teoria celular de Schleiden e Schwann. Esta nova generalização implicava evidentemente continuidade genética transferida de uma célula para outra.
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